quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - A Sétima Noite

Este Rui Óscar foi polémico. Por várias razões. Desde o uso controverso da touca numa piscina relvada sem vestígios de cloro até ao mastigar boçal de Jorge “The Terminator” Jesus, que ofendeu toda uma comunidade religiosa filipina e despertou-lhes uma fúria capaz de lipoaspirar a seco o verrinoso mister. Foquemo-nos em apenas duas.

A primeira razão tem a ver com o filme em si. “The Argentinian Diving” nem sequer é um filme na verdadeira acepção da palavra, se quisermos ser rigorosos: é antes um rodízio de sketches aglomerados de forma tão atabalhoada que até parece que foi o Grimi que esteve na pós-produção. A segunda razão prende-se com a avaliação da peça galardoada: o consenso esteve longe de ser atingido, mas uma nota exarada do Conselho de Arbitragem da Liga acabou por decidir a favor da atribuição do prémio. Porquê? Ora essa, não tem de haver nenhuma razão. Porque sim, ponto final. Parágrafo.

A beleza das acrobacias sul-americanas nas grandes áreas inebriou alguns jurados, maravilhados com os “downward spinnings” dos flexíveis avançados de vermelho vestido. Como por exemplo MarcEu Entrei no Green MileZoro, que tudo fez para poder ter o prazer de visualizar um mergulho de chapa mesmo à sua frente. Outros, todavia, torceram o nariz (excepto o Drulovic, que não tinha por onde pegá-lo) a uma colecção de imagens que deve pouco à originalidade e que, três-meia-volta, se reinventa para definir um campeão antecipado. Citando Valerioriginal, original, era eu jogar e fazer alguma coisa que disfarçasse a elevada comissão que o meu empresário embolsou com a minha contratação. Ou isso, ou ver finalmente o Afonso Martins a fulgurar no papel principal de um filme de vampiros”.

Na recepção do galardão, o trio de argentinos deu largas ao regozijo e Aimar não se coibiu de cair nas escadas de acesso ao palco após uma violenta expiração de ar de um malvado mosquito que atravessava a sala. Olegário Benquerença & Cia., alarmados, expulsaram toda a gente da sala, não fosse o diabo de Gaia tecê-las. Mas era tudo parte de um plano magistral para mitigação da mega-depressão que pairava sobre vários milhões de apaniguados, caso estes passassem mais um ano atrás do ensandecido Sporting de JEB e Sá Punch (ao pé destes, o Paulinho até parece ter um doutoramento honoris causa). Rapidamente recomposto, Aimar clamou “¡ya somos campeones!” e partiu para a marca dos onze metros com uma tal convicção que S. Rui Costa permitiu-se abandonar o túnel por breves instantes para derramar uma lágrima de Paixão junto dos seus.

Para a posteridade, as palavras do mister JJ: “Eu já sabia. Estava-se mesmo a ver-se. Foi o crolário… o curuláriu… o cru… foi essa coisa lógica das coisas, prontos. Estes três jegadores formam uma parelha de luxo que não há igual em Portugal e se calhar até no próprio Benfica. E para ter unhas é preciso tocar guitarra, não é? Podíamos ter caído ainda mais, mas prontos, fizerem tudo o que eu lhes pedi, e fizerem bem, se não tivessem fazido já cá não estavem comigo, não é? Agora é continuar com esta humildade e rebentar com as fuças da próxima equipa de coitadinhos que se nos atravessar ao caminho, não é?

6 comentários:

CARVALHÃO disse...

Voçés nao tem graça nhuma ,seus atrasados impotentes

Chutes too veia disse...

eu acho-vos piada pá mas este post teve mais azia que 3 crónicas do Miguel Sousa Tavares juntas

Anónimo disse...

"voçés" é uma palavra bem bonita.

A Bola Indígena disse...

"nao tem" em vez de "nao têm" também tem a sua piada...

Anónimo disse...

I am not going to be original this time, so all I am going to say that your blog rocks, sad that I don't have suck a writing skills

Anónimo disse...

Yeah, sucking might be a good option for you.

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