A primeira razão tem a ver com o filme em si. “The Argentinian Diving” nem sequer é um filme na verdadeira acepção da palavra, se quisermos ser rigorosos: é antes um rodízio de sketches aglomerados de forma tão atabalhoada que até parece que foi o Grimi que esteve na pós-produção. A segunda razão prende-se com a avaliação da peça galardoada: o consenso esteve longe de ser atingido, mas uma nota exarada do Conselho de Arbitragem da Liga acabou por decidir a favor da atribuição do prémio. Porquê? Ora essa, não tem de haver nenhuma razão. Porque sim, ponto final. Parágrafo.
A beleza das acrobacias sul-americanas nas grandes áreas inebriou alguns jurados, maravilhados com os “downward spinnings” dos flexíveis avançados de vermelho vestido. Como por exemplo Marc “Eu Entrei no Green Mile” Zoro, que tudo fez para poder ter o prazer de visualizar um mergulho de chapa mesmo à sua frente. Outros, todavia, torceram o nariz (excepto o Drulovic, que não tinha por onde pegá-lo) a uma colecção de imagens que deve pouco à originalidade e que, três-meia-volta, se reinventa para definir um campeão antecipado. Citando Valeri “original, original, era eu jogar e fazer alguma coisa que disfarçasse a elevada comissão que o meu empresário embolsou com a minha contratação. Ou isso, ou ver finalmente o Afonso Martins a fulgurar no papel principal de um filme de vampiros”.
Na recepção do galardão, o trio de argentinos deu largas ao regozijo e Aimar não se coibiu de cair nas escadas de acesso ao palco após uma violenta expiração de ar de um malvado mosquito que atravessava a sala. Olegário Benquerença & Cia., alarmados, expulsaram toda a gente da sala, não fosse o diabo de Gaia tecê-las. Mas era tudo parte de um plano magistral para mitigação da mega-depressão que pairava sobre vários milhões de apaniguados, caso estes passassem mais um ano atrás do ensandecido Sporting de JEB e Sá Punch (ao pé destes, o Paulinho até parece ter um doutoramento honoris causa). Rapidamente recomposto, Aimar clamou “¡ya somos campeones!” e partiu para a marca dos onze metros com uma tal convicção que S. Rui Costa permitiu-se abandonar o túnel por breves instantes para derramar uma lágrima de Paixão junto dos seus.
Para a posteridade, as palavras do mister JJ: “Eu já sabia. Estava-se mesmo a ver-se. Foi o crolário… o curuláriu… o cru… foi essa coisa lógica das coisas, prontos. Estes três jegadores formam uma parelha de luxo que não há igual em Portugal e se calhar até no próprio Benfica. E para ter unhas é preciso tocar guitarra, não é? Podíamos ter caído ainda mais, mas prontos, fizerem tudo o que eu lhes pedi, e fizerem bem, se não tivessem fazido já cá não estavem comigo, não é? Agora é continuar com esta humildade e rebentar com as fuças da próxima equipa de coitadinhos que se nos atravessar ao caminho, não é?”
6 comentários:
Voçés nao tem graça nhuma ,seus atrasados impotentes
eu acho-vos piada pá mas este post teve mais azia que 3 crónicas do Miguel Sousa Tavares juntas
"voçés" é uma palavra bem bonita.
"nao tem" em vez de "nao têm" também tem a sua piada...
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